Uru, Cruzália e Pongaí: conheça as cidades com os maiores índices de sustentabilidade do interior de SP
Terceira atualização do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR) avaliou os mais de 5 mil municípios de todo o Brasil, classificando-os ...
Terceira atualização do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR) avaliou os mais de 5 mil municípios de todo o Brasil, classificando-os de acordo com o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Uru (SP) é a segunda cidade no ranking da IDSC-BR Prefeitura de Uru/Divulgação Com a pauta ambiental entrando em destaque em razão dos desastres climáticos recentes em todo o mundo, é importante entender como as cidades do centro-oeste paulista se classificam quando o assunto é sustentabilidade. 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp Nas regiões de Bauru (SP) e Marília (SP), no topo do ranking da terceira atualização do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR), estão as cidades de Uru (SP), Cruzália (SP) e Pongaí (SP), ocupando o top 10 entre os 5.570 municípios analisados de todo o Brasil. Para a classificação, a ferramenta analisa os avanços e desafios a serem enfrentados especificamente por cada município no avanço dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) protocolados pela ONU em setembro de 2015. As ODS são um apelo global a fim de acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade até 2030. A pontuação, que varia de zero a 100, classifica entre Muito Alto, Alto, Médio, Baixo e Muito Baixo cada ODS. A intenção da análise é traduzir também a qualidade de vida dos territórios observados e, segundo o responsável pelo desenvolvimento da ferramenta, Jorge Abrahão, o Brasil é o único país que realiza o acompanhamento dos mais de cinco mil municípios analisados. Bauru e Marília têm baixo desempenho em índice de desenvolvimento sustentável Uru Em segundo lugar dentre os 5.570 municípios analisados, está Uru (SP), com 65 pontos. A cidade, que contabiliza 1.165 habitantes, de acordo com o último Censo, nasceu nas primeiras décadas do século 20, a partir do cultivo de café. Principalmente pelo seu passado das lavouras e pasto, Uru passou a dedicar-se à pauta ambiental para controlar a degradação dos recursos naturais e a diminuição da vazão dos córregos da região, integrando o projetos ambientais de diversos tipos. O símbolo e o nome da cidade vêm de um pássaro que era muito comum na região, mas hoje encontra-se mais no Mato Grosso e Amazônia. Com 24 centímetros de comprimento, a ave uru tem uma plumagem rajada que mescla tons de cinza, marrom e laranja. Com mescla de cores, plumagem auxilia na camuflagem da espécie da ave uru Daniel Mello/Arquivo pessoal Cruzália Em quarto lugar, Cruzália (SP) se classificou no ranking com 64,7 pontos, com pouco mais de 2 mil habitantes de acordo com o último Censo do IBGE. A cidade nasceu também em torno das terras férteis da região, onde os primeiros moradores do local cultivavam milho e se dedicavam à criação de porcos. Próxima de Assis (SP), o primeiro nome do povoado foi São Sebastião da Cruz Alta e a junção dos nomes para Cruzália se deu pela existência de uma grande árvore no local, com galhos em forma de cruz, e por outro município da região já ter sido nomeado como Cruz Alta. Cruzália (SP) se classificou em quarto lugar Divulgação Pongaí Em sexto lugar, Pongaí (SP) se classificou no ranking com 64,4 pontos e pouco mais de 3 mil habitantes. Sua origem vem das tribos dos caingangues, caiapós e guaranis que habitavam a área próxima aos afluentes do Rio Tietê. Posteriormente, um povoado surgiu na área com o nome de Saltinho, em homenagem a um córrego com uma pequena queda d'água que existia nas redondezas. Saltinho foi elevado à categoria de distrito de Pirajuí em 1927, sendo denominado de Pongaí, de origem tupi-guarani, pois 'ponga' significa salto e o 'i' pequeno. Abaixo do esperado Por outro lado, Bauru e Marília não alcançaram índices altos na ferramenta. As duas cidades se classificaram nos níveis baixo e médio, e abaixo da milésima colocação. Confira abaixo a análise de cada ODS: Bauru Pontuação: 50.71/100. Classificação: 1594/5570 (médio). Nível muito alto: energia renováveis e acessíveis. Nível alto: saúde de qualidade/água potável e saneamento/ação climática. Nível muito baixo: indústria, inovação e infraestrutura/proteger a vida marinha/parcerias para a implementação dos objetivos. Marília Pontuação: 46.88/100. Classificação: 2691/5570 (baixo). Nível muito alto: água potável e saneamento/energias renováveis e acessíveis. Nível alto: saúde de qualidade/ação climática. Nível muito baixo: igualdade de gênero/indústria, inovação e infraestrutura/produção e consumo sustentáveis/proteger a vida terrestre/parcerias para a implementação dos objetivos. É possível localizar os municípios de todo o Brasil e analisar como a sua cidade atinge as ODS clicando aqui. *Colaborou sob supervisão de Mariana Bonora Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília Confira mais notícias do centro-oeste paulista: